sexta-feira, 16 de agosto de 2013

O fim da recessão?Pode ser que sim.Pode ser que não.

     A economia não é uma ciência exacta,trazendo,por isso,todos os dias surpresas.Os recentes números relativos ao crescimento do PIB no 2º trimestre de 2013 são uma surpresa e são positivos.No entanto,não afastam a reflexão sobre os problemas e a rigidez estrutural da economia portuguesa,nem caucionam qualquer eventual política de crescimento (eufemismo de despesa).
  O euro continua a ser um problema para Portugal,assim como a excessiva despesa neste contexto.
  Quanto ao fim da recessão?
  Pode ser que sim.
Nalgumas circunstâncias específicas e raras a austeridade  poderá trazer crescimento automaticamente. Quais são essas condições?
Quando a austeridade imponha uma diminuição das taxas de juro que financiam a economia e tal implique um renovado financiamento da economia privada. Assim, imaginemos que as taxas de juro estavam muito altas e por isso a economia não era financiada. Um plano de austeridade sério daria sinal que os gastos iam diminuir e por isso as taxas de juro diminuiriam. Aí voltava a entrar dinheiro barato na economia e esta cresceria. É necessário que a austeridade faça abrir a torneira de financiamento que secou. Isto é, que como resultado da austeridade volte a haver dinheiro na economia.
 Pode ser que não.
Estes números serão apenas um reflexo da renovação mínima de stocks esgotados ou de qualquer sazonalidade e não reflictam um crescimento sustentado,voltando-se em breve a cair na recessão,sobretudo como fruto do pagamento de IRC e IRS que está a ocorrer.

3 comentários:

  1. Ex.mo Rui Verde fui uma vaga optimista que vareu a Europa, quase todos os países emitiram valores "positivos" nisto ou naquilo. O segredo quase sempre é uma manipulação e completa omissão da fase comparativa a que se referem. Em Portugal foram quase todos dados de evolução trimestral, ficando a omolga negativa. São ainda dados muito tímidos face a economias que já regrediram demasiado. Como diz e prediz João Ferreira do Amaral face a uma Europa em depressão as empresas portuguesas producram clientes nos mercados exteriores à UE, quase todos eles dolarizados, qualquer movimentos do euro face ao dólar é preponderante. JFA prediz que o euro, a estabelizar, que é o que já estamos a assistir, a ficar algo vez mais imune às crises políticas de cada estado, começará numa valorização em roda viva face ao dólar. Por outro lado subindo o barril de petróleo acima dos $1,20, valor apartir do qual provoca inflação na zona euro, ao contrário do habitual, Draghi escolherá não aumentar as taxas de juro, porque isso seria derradeiro para a banca pois aumentaria o mal-parado, mas sacrificará a industria valorizando o euro...

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  2. Leia sff para aprofundamento destes e outros temas
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