domingo, 21 de julho de 2013

A semana da mentira e os cortes na Despesa.

 Agora que a semana da mentira passou,é altura de reflectir nos famosos cortes que AJSeguro alega não querer fazer(embora dê a impressão que Seguro se vergou à dupla mortífera Soares-Sócrates).
 Imaginemos que não há cortes.Tal quer dizer que o Estado continua a gastar.O mesmo que dizer que o déficit não baixará e a dívida subirá sempre.Então,qual a solução? Não pagar parte da dívida,fazer um "haircut" e reescalonamento da dívida.Ora,é certo que esse reescalonamento é possível e o corte de algum pagamento da dívida também o é.A única questão é que os credores para aceitar reescalonamentos e cortes no pagamento das dívidas exigirão...cortes na despesa.Assim,adiar os cortes na despesa só implica ter que fazer cortes mais tarde...
 A outra opção é haver cortes.O efeito imediato é mau.A procura interna diminui,o desemprego aumenta.Pode acontecer que tal dê mais confiança aos investidores e a dívida portuguesa estabilize e poderá deixar de existir um "efeito crowding out".Isto é ,o Estado deixar de abosrver os recursos e libertá-los para o sector privado e talvez...assistirmos a algum crescimento da economia.Mas,nada disto é certo.
 No actual paradigma da economia não há remédio senão cortar,agora ou mais tarde.Mas,não se sabe se os cortes terão algum efeito positivo.

 Há que começar a pensar de outra forma.Sair do Euro?É uma hipótese,renegociar um novo tratado de transição com a União Europeia é outra hipótese.Existir algum proteccionismo para o renascimento da nossa agricultura e indústria,não há alternativa.
 A conclusão é que na presente situação económica e perante os actuais mecanismos,o futuro da economia portugesa é negativo.E não se fale da Irlanda,não é um caso de sucesso.Muito menos da Grécia ou Chipre.Há que procurar soluções diferentes fora destes "consensos".

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