quinta-feira, 6 de junho de 2013

As (falsas)elites e o Euro.

      A maior parte das asneiras de política financeira realizadas em Portugal nos últimos anos foi feita com a justificação que era fundamental não saírmos do Euro.
      Ninguém contestava este postulado,a não ser o PCP e algumas franjas anarquistas.
      Quando eu lancei o meu livro "Helicópteros com dinheiro.Sair do Euro,Sair da Crise" em Janeiro de 2013,alguns jornalistas recusaram-se a fazer-lhe menção por ser "anti-patriótico".Apenas o DIABO teve coragem de fazer uma primeira página com o assunto.Depois surgiu,na esquerda,o livro de Ferreira do Amaral,numa tentativa de apropriação ideológica de um tema transversal.
      Agora as elites do costume (Pires de Lima,Ângelo Correia) parece que começam a soprar sobre o assunto,pelo menos segundo o jornal I.É confrangedor ver como esta gente não pensa,não reflecte,apenas vai dando bitaites,ao sabor das ondas e do vento,tentando não se afundar na tempestade para onde conduziram o barco.
      O problema das elites portuguesas é antigo.Foram elas que nos venderam(literalmente)aos Filipes,que obviamente também tinham alguma legitimidade,força e dinheiro.Raramente,acertam.Agora,depois de nos obrigarem a aceitar o Euro-não houve referendo ou qualquer consulta popular sobre o assunto-começam a tergiversar.
    É claro que não podemos suportar o Euro nas condições actuais e nessa medida é bom que o assunto comece a ser discutido ,sem vergonha,na direita.

2 comentários:

  1. É curioso como, ainda há muito pouco tempo eram poucas (e vilependiadas!) as vozes que se insurgiram contra a entrada de Portugal no Euro. Claro! Só podia ser assim. Eram os comunistas e algumas (poucas...) frajas de esquerda. Entretanto, o tempo foi passando e chegados que somos a esta etapa deste nefasto percurso, começam a ouvir-se vozes que, ainda ontem teciam louvores ao Euro a dizer que..."assim, não!". Pois é! Sancta simplicitas!
    Portugal sobreviverá. Os Migueis de Vasconcelos já várias vezes foram postos fora de combate. Lá terá de ser, mais uma vez!

    Sem tão pouco ouvir a voz dos portugueses sobre o assunto, os governantes fizeram-nos embarcar neste pesadelo. Outros paises fizeram-no. A classe política que nos governa, PS, PSD e CDS, aceitaram a entrada nos termos em que foi feita e RECUSARAM-SE a ouvir os portugueses. Lembras-te? Mas havia, e sempre houve outras soluções. Portugal não necessitava de entrar no Euro para comprar e vender ao paises que o tivessem. Veja-se a Inglaterra! Para além do mais, há mais Mundo para lá das fronteiras do Euro. O facto é que sempre tivemos classes dirigentes que, perante a possibilidade de estarem bem na vida, trocaram o orgulho Pátrio por um prato de lentilhas. Foi assim em 1383/85. Foi assim em 1580/1640. Foi assim durante a ocupação francesa, and so on. A burguesia instalada sempre preferiu vender o Povo e o País a lutar pela dignidade de Portugal e dos Portugueses. É a História que nos confirma.

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