quinta-feira, 27 de junho de 2013

E se não sairmos do Euro?

    Geralmente,os que defendem a permanência no Euro são muito violentos na sua argumentação e além de chamarem "burros" a quem quer sair do Euro dizem sempre que essa saída implicará uma enorme desvalorização da moeda,inflação e baixas dos salários.
    A pergunta que se faz hoje é:e quais os custos da permanência no Euro?
    O Governo escolheu uma taxa sobreavaliada para entrar no Euro.Logo,criou problemas de produtividade e competitividade para a economia à partida.
    A estrutura económica portuguesa especializou-se em dois tipos de sectores.Um primeiro sector é o chamado não transaccionável em que pontifica a construção e o imobiliário.Este sector acabou por entrar num conúbio com os Governos promovendo várias obras infra-estruturais de rentabilidade duvidosa,e não contribuiu para qualquer dinamismo económico real ou competitividade internacional,até porque muitas vezes funciona em regime de quase monopólio ou oligopólio.
  O segundo sector,produtivo,especializou-se em metais,equipamentos e material de transporte que têm forte concorrência do Leste Europeu onde simultaneamente há salários mais baixos e mão de obra mais qualificada,ou textêis e vestuários que têm concorrência da China onde os salários são 1/5 dos portugueses.
  Resumindo,neste momento temos uma moeda forte e uma economia fraca com sectores não produtivos ou sofrendo uma concorrência por via de salários baixos.
   É evidente que a resposta teórica é que "temos que subir na escala de valor".Isto é,os nossos salários são mais altos que os da concorrência porque nós somos melhores e fazemos produtos melhores.Está certo,mas esse é um caminho longo,muito longo.O problema é agora.O que fazer?
 

2 comentários:

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  2. A questão é quem lucra em Portugal não sair do euro. A meu ver a mesma classe caduca que vive da paranóia ancestral de acumular riqueza no nosso país, sem perceber que a riqueza é algo que tem de ser constantemente renovado e readquiridp. O dinheiro é um mau activo para poupanças. O euro vai reintroduzir essa crença estranha que entessourar em dinheiro se acumulada riqueza. Quem lucra é quem não tem intenção de investir, ou há muito deixou de querer investir em Portugal. (porque o euro fora um empecilho claro)

    Os bancos tém um problema, e só vão acordar para a realidade quando forem confrontados que o mais provável próximo desenvolvimento dentro das instituições que tutelam a banca europeia cairem aos pés da grande banca de investimentos europeia/mundial e começarem a fechar os bancos médios nacionais...

    Mas sem olhar para quem lucra ou não lucra. Permanecer no euro significa o empobrecimento total do país. Isto porque permanecer no euro significa que os bancos têm de incrementar as reservas por isso têm muito pouca manobra para lançar liquidez no mercado interno. Significa não poder disponibilizar a liquidez existente para os sectores que produzem bens transaccionáveis, mas sim ceder às empresas acopuladas ao estado e ao estado. Por fim percebendo isso sair do euro e ter de pagar em 10 anos 130 mil milhoes de euros significa que não restará dinheiro em Portugal para as necesisdades internas, resultado as empresas ou saem da UE ou vão para o centro da União onde o dinehiro abunda.

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