domingo, 16 de junho de 2013

Pagar dívidas?Quais e porquê?

   O discurso oficial português é que as dívidas têm que se pagas e o Estado tem que honrar os seus compromissos internacionais.Parece que tais obrigações estão escritas na pedra e são Lei Divina.A realidade é bem diferente.Compete às autoridades dos Estados negociarem e seguirem as melhores políticas para os seus povos.
     Posto isto,há que dizer que o pagamento da dívida não é uma prioridada,como ir buscar dinheiro aos merrcados financeiros também não é.Não quer dizer que tenhamos que ser como a Argentina,como certa esquerda folclórica quer.A Argentina,que era um dos países mais ricos do mundo no início do século XX,hoje,devido aos desvairios peronistas e pós-peronistas é um país sub-desenvolvido.Mas,a Islândia pode ser um exemplo de defesa do interesse nacional a estudar com mais profundidade.
     Também há que relaçar que Portugal esteve sem ir aos mercados financeiros internacionais levantar dívida entre 1902 e 1962 e não foi por isso que em 1950 não começou a época de Ouro do seu crescimento económico que culminou com o acesso à designação de País Desenvolvido em 1990.
    Mas,desçamos a exemplos concretos de dívidas nacionais e do seu tratamento.Quando a II Guerra Mundial terminou a Inglaterra devia a Portugal 80 milhões de libras.Um acordo de pagamento muito suave permitiu que essa dívida fosse paga em parte (15%) com compras à própria Inglaterra e o restante apenas a partir de 1955 (10 anos depois) com uma taxa de juro de 0,75%.Este é um exemplo.A Inglaterra saía duma guerra.E nós estamos numa recessão,quase depressão,actualemente.
   Outro exemplo.57% das importações da Alemanha entre 1947 e 1949 foram financiadas por ajuda externa.
  Portanto,pedir ajuda externa é normal.Todos os países nalguma fase da sua história o fizerem.Negociar o mais possível e as melhores condições também é normal.Não o fazer e dizer que tudo tem que ser cumprido como nos é imposto,só tem sentido se tívessemos ido para uma guerra e perdido,e mesmo assim...
  O mal dos nossos dirigentes é serem ignorantes (talvez saibam economia),e não conhecerem a história,filosofia,política.Também não têm estofo.

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