quarta-feira, 15 de maio de 2013

A questão alemã.


No século XVII, Richelieu (1585-1642), o cardeal católico primeiro-ministro francês, apoiava os exércitos protestantes alemães que combatiam os católicos alemães.O cardeal francês fazia isso para manter a Alemanha dividida e fraca. A política externa Europeia, durante séculos, teve como uma das suas constantes a manutenção de uma Alemanha dividida, porque sempre se soube que uma vez unida era demasiado grande e poderosa para os restantes países do continente Europeu.
   O chanceler prussiano Bismarck (1815-1898) teve que vencer militarmente os franceses em Sedan (1870) para unificar a Alemanha.A  política de unificação alemã no século XIX teve duas fases.A primeira económica com a famosa Zollverein (unificação aduaneira e económica) a segunda militar e diplomática,que foi apelidada pelo próprio Bismarck de "sangue e ferro".Portanto,a partir de certo momento os alemães optaram pela força para obter a sua unificação.E com um misto de força e "realpolitik" desenvolveram a sua política futura que culminou nas duas Guerras Mundiais. Há quase uma causa-efeito histórica, já abordada claramente pelo historiador inglês A. J. P. Taylor no seu controverso livro The Origins of Second World War que coloca Hitler como um seguidor de uma certa tradição germânica que a quer tornar a principal potência Europeia.
    Determinadas circunstâncias objectivas tornam a Alemanha um perigo para o resto da Europa. Essas circunstâncias são fáceis de ver: um país enorme e muito rico no centro da Europa, com uma população maior, uma economia dinâmica e um povo trabalhador e industrioso. Só com muitas laços restrições, como
foi feito após a Segunda Guerra Mundial, especialmente através da criação da CEE (Comunidade Económica Europeia), se consegue controlar a tradicional e natural a pulsão alemã.
     Actualmente, é observável um movimento que começou com o chanceler Kohl, mas foi muito acentuado por Schroeder (talvez por acidente) em que a Alemanha se liberta dos espartilhos impostos pela Segunda Guerra Mundial. Não se espera uma invasão militar. Mas não existam dúvidas que os diktats económicos serão constantes, e a unificação Europeia, será uma unificação Alemã.

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