A união de uma economia com outras pode ser perigosa quando os recursos libertados ou não são utilizados ou são utilizados em sectores protegidos e ineficientes e quando a generalidade dos bens que é produzida no estrangeiro unido é mais barata.
O país deixa de produzir quase tudo, fazendo apenas aquilo que não é transaccionável, que não pode ir buscar ao estrangeiro.Foi o que aconteceu a Portugal.O imobiliário, em que assentou boa parte da economia portuguesa nos últimos anos é um exemplo típico do afirmado. Desde 1990 baixou abruptamente o número de pessoas empregadas nas pescas e indústrias, enquanto na as empregadas na construção e imobiliário subiram. Em 1990 havia cerca de 210.000 trabalhadores no sector da construção enquanto em 2009 havia 472.000. E na área imobiliária em 1990 havia 74.000 empregadas e em 2008 637.000.
Os ganhos de emprego no sector privado provenientes da integração deram-se essencialmente na construção e imobiliário, enquanto em actividades directamente produtivas o número de empregados baixou.
Ao mesmo tempo é de realçar as subidas grandes de emprego em Educação e Saúde, sectores públicos em que o Estado investiu fortemente, com resultados discutíveis (pelo menos na Educação).
Isto quer dizer o quê? Quer dizer que foram os sectores não transacionáveis e o Estado que se expandiram com a integração económica .
Houve um acantonamento da economia portuguesa e uma fuga à concorrência.Agora há uma economia distorcida e um Estado torto que não aguentam a disciplina imposta pelo Euro.
Este post é interessante de facto. Ele dá um quadro da evolução da economia.
ResponderEliminarPor natureza sou pessimista , gosto de ver o outro lado das coisas, e acho que Portugal fora do euro não vai ser paraiso.
Para já vamos ter o problema da inflação.
Isso não pode afastar o investimento ?
O estado para pagar o deficit vai emitir moeda, parece-me òbvio.
O nível de vida das pessoas desce- tudo o que é importado fica mais caro, desde gasolina , até maquinaria.,
Esses bens ficam menos acessíveis.
Como contrapartida as exportações ficam mais baratas- vendemos mais.
Mas mesmo com salários mais baixos não vamos conseguir competir com a China.
o sonho de fazer uma indústria altamente especializada com ordenados altos parece-me um sonho.
Depois hà outro problema: Somos um país perifério.
Paises mais próximos do coração da Europa irão atrair mais investimento altamente qualificado , tipo auto europa.
Arriscamo-nos assim a ficar um país pobre.., que produz umas coisas mas nada de muito tecnológicamente avançado.., com um estado enorme que abafa a economia....;
Como tenho 55 anos ainda sou do tempo dos bairros da lata em algés , no Concelho de Oeiras, ao lado de uma zona fina de miraflores.
O futuro pode ser a repetição do passado.
EliminarSim,a saída do euro terá que ser acompanhada por algum proteccionismo da nossa indústria e agricultura.O Euro neste momento e desde 2000 não tem tido vantagens para Portugal.