sábado, 18 de maio de 2013

Não há Euro sem emigração.

   Tem sido mediaticamente tratada até à exaustão e com a demagogia e falta de preparação habituais a leva de emigração portuguesa nestes anos que correm.Todos os dias temos notícias de portugueses que deixam Portugal para ir trabalhar noutro país.Esta saída tem sido tratada como uma tragédia e gerado o maior escândalo.
   Só a ignorância e a falta de seriedade dos governantes (anteriores, que aderiram ao Euro)alimenta este alarmismo.Quem soubesse alguma coisa de uniões monetárias saberia que a mobilidade do trabalho  é fundamental para o sucesso de uma moeda única.A partir de um momento que não é possível ter uma política económica específica para Portugal,outra para a Alemanha e outra para Malta, é imperioso encontrar soluções flexíveis.A impossibilidade de políticas económicas diferentes para cada país implica que tenham que ser as pessoas a procurar as diferenças.Assim,se há desemprego jovem em Portugal,mas não há na Alemanha,a teoria diz que os jovens portugueses deviam emigrar para a Alemanha e encontrar lá trabalho.É assim que está previsto o funcionamento de uma moeda única.Há uma deslocação das populações para mitigar a rigidez das políticas económicas.
    Obviamente,tal não foi explicado e por isso gera-se este desconforto com a nova emigração portuguesa.
    Mal,estão aqueles ( e que são a maioria ) que não conseguem emigrar.Ou porque não falam alemão ou porque na realidade a mobilidade na zona Euro não é assim tão grande.
   Assim,não restem dúvidas:a permanência no Euro implica automaticamente a disponibilidade para a pessoa se mover de um país para o outro (como aliás acontece entre os Estados dos Estados Unidos da América).O negativo é essa mobilidade não existir assim tanto,no final de contas.
    

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